Centro de Estudos Brasileiros Behner Stiefel
Boletins Informativo Outono de 2024
Outstanding Faculty Global Engagement Awards 2024
Temos o prazer de anunciar que dois de nossos professores filiados foram nomeados ganhadores do prêmio Outstanding Faculty Global Engagement Award de 2024. Gillian Sneed, professora assistente da School of Art and Design, recebeu o prêmio Outstanding Global Research and Creative Activity Award por sua exposição The Imaginary Amazon. Esse reconhecimento celebra seu trabalho inovador e impactante em artes visuais, que explora as interseções de expressão cultural e temas ambientais na Amazônia.
Além disso, Roberto Ivo da Rocha Lima Filho, professor visitante internacional do Behner Stiefel Center for Brazilian Studies, foi homenageado com o prêmio Outstanding International Scholar. A dedicação de Roberto à pesquisa internacional e sua experiência em Economia, com ênfase em Economia da Energia, Engenharia Econômica, Ciências da Decisão e Economia Comportamental, causaram um impacto duradouro em sua área e fora dela.
Parabéns a Gillian e Roberto! Esses prestigiosos prêmios reconhecem suas contribuições significativas para a pesquisa, educação e serviços globais e internacionais, promovendo o compromisso da SDSU com a diversidade, equidade, inclusão e sustentabilidade.
Erika Robb Larkins recebe prêmio de Cidadã Honorária da cidade do Rio de Janeiro
Erika Robb Larkins, professora de antropologia e co-diretora da Cátedra Behner Stiefel de Estudos Brasileiros,
recebeu o prestigioso título de Cidadã Carioca. A honraria foi conferida pela vereadora
Mônica Cunha, em nome da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em cerimônia realizada
em 7 de agosto de 2024.
O título de Cidadã Honorária é uma das mais altas honrarias que a cidade pode conceder, reconhecendo indivíduos que realizaram contribuições significativas para a vida cultural, social e intelectual do Rio de Janeiro. O trabalho de Larkins nos campos da antropologia e dos estudos urbanos, particularmente sua pesquisa sobre violência, desigualdade, direitos humanos e justiça racial no Brasil, teve um impacto profundo na compreensão e na abordagem de questões sociais críticas na cidade.
“Estou profundamente honrada em receber o título de Cidadã Honorária do Rio de Janeiro”, disse Larkins durante a cerimônia. “Esta cidade ocupa um lugar especial em meu coração, e meu trabalho aqui tem sido impulsionado por um profundo compromisso de compreender os desafios enfrentados por seus moradores e contribuir para uma mudança significativa. Sou grata à vereadora Mônica Cunha e à Câmara Municipal por esse reconhecimento e espero continuar meu envolvimento com o povo do Rio.”
Larkins tem se envolvido ativamente em várias iniciativas destinadas a melhorar as condições sociais no Rio de Janeiro, trabalhando em estreita colaboração com as comunidades locais, ativistas e formadores de políticas. Sua pesquisa não apenas promove o conhecimento acadêmico, mas também fundamenta políticas públicas e esforços de base para tratar de questões de violência, desigualdade e justiça social na cidade.
Brazilian Day Festival 2024
O Behner Stiefel Center for Brazilian Studies participou do San Diego Brazilian Day Festival em 14 de setembro, realizado no Ruocco Park, no centro de San Diego.
O Centro montou um estande onde a equipe e os alunos interagiram com a comunidade local, fornecendo informações sobre os cursos de graduação e os programas de certificação em Estudos Brasileiros da SDSU. Também destacaram as iniciativas de pesquisa e projetos comunitários promovidos pelo Centro nas áreas de sustentabilidade, direitos humanos, educação e cultura.
O festival, organizado pela organização sem fins lucrativos Devoted to Youth, reuniu pessoas de toda San Diego para celebrar a cultura e a comunidade brasileiras.
Projetos Comunitários
Iniciativa de Sustentabilidade: Visitas a projetos comunitários no Brasil - Promovendo a inovação sustentável e a educação ambiental
Neste verão, o Centro Behner Stiefel de Estudos Brasileiros visitou dois projetos
comunitários, ambos financiados por nossa iniciativa de sustentabilidade. Flavia Soares e Kristal Bivona viajaram para o Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente, onde se conectaram com
os líderes comunitários e equipes de projeto que trabalham nessas duas iniciativas
para enfrentar os desafios ambientais urbanos.
Favela Teto Verde: Jardins Suspensos no Arará (Rio de Janeiro/RJ - 2023)
No Rio de Janeiro, Flavia Soares visitou o projeto Teto Verde Favela, na favela do Arará, onde se reuniu com Luis Cassiano e Alessandra Castaneda para observar os resultados de seu trabalho na iniciativa “Teto Verde: Jardins Suspensos no Arará”. Esse projeto, baseado em uma tecnologia inovadora de telhado verde, introduz sistemas hidropônicos que usam espécies de plantas rupícolas e epífitas resistentes, que não exigem substrato tradicional. Os principais objetivos? Diminuir as temperaturas internas e da superfície, aumentar a eficiência energética, melhorar a resistência a incêndios e reduzir a poluição sonora - tudo isso enquanto se criam belos espaços para o cultivo de alimentos e plantas medicinais.
Com o apoio da CBS, de junho de 2023 a fevereiro de 2024, o Teto Verde Favela transformou
os espaços comunitários instalando telhados verdes em prédios públicos como a Praça
Zélia Duarte Borges. Trabalhando em colaboração com ambientalistas locais, esse projeto
revitalizou a praça da comunidade, transformando-a em um centro cultural ao ar livre
que combina exposições botânicas com arte, conhecido como TerritóRIO: Quintal do Arará.
A iniciativa não só trouxe benefícios ambientais significativos, mas também envolveu
os moradores locais em oficinas para aprender sobre tecnologia sustentável e ação
climática. O projeto já produziu resultados impressionantes: redução de temperaturas,
economia de energia e fortalecimento dos laços comunitários. Com planos de instalar
mais telhados verdes em espaços públicos e expandir as parcerias com ONGs, a Favela
Teto Verde está pronta para crescer em 2024.
Educação Ambiental dos 3 aos 30 (Heliópolis, SP - 2024)
Enquanto isso, em São Paulo, Kristal Bivona visitou a Educação Ambiental dos 3 aos 30 em Heliópolis, um projeto dedicado a capacitar os membros da comunidade por meio da educação ambiental para todas as idades. Ela se reuniu com Samantha Orui e a equipe do projeto para explorar seu progresso na criação de hortas pedagógicas em escolas públicas em colaboração com agentes de saúde locais. Fundamentada nos princípios de educação emancipatória defendidos por Paulo Freire, a Educação Ambiental dos 3 aos 30 colabora com o Future Architecture Cities Lab do Insper para abordar de forma criativa a adaptação às mudanças climáticas urbanas de uma maneira que atenda às necessidades da comunidade.
Nos próximos 12 meses, esses jardins servirão como espaços educacionais práticos,
onde os membros da comunidade e os alunos aprenderão sobre agricultura urbana, compostagem
e o impacto dos espaços verdes na saúde pública. Essas hortas desempenham um papel
fundamental na atenuação do efeito da ilha de calor urbana, no combate às ondas de
calor e na promoção da saúde ambiental. Ao promover uma compreensão prática da responsabilidade
ecológica entre crianças e jovens adultos, a Educação Ambiental dos 3 aos 30 anos
está formando uma geração preparada para enfrentar os desafios climáticos e ambientais
em seus próprios bairros.
Essas visitas enfatizam o poder transformador das iniciativas centradas na comunidade.
O Centro Behner Stiefel de Estudos Brasileiros tem o orgulho de apoiar e aprender
com esses exemplos excepcionais de gestão ambiental local.
Projetos Comunitários Contemplados pela Iniciativa de Sustentabilidade e Mudança Climática
É com grande satisfação que anunciamos os Projetos Comunitários em Sustentabilidade
e Mudança Climática contemplados na iniciativa de sustentabilidade em 2024! Desde
o verão, o Centro de Estudos Brasileiros Behner Stiefel está apoiando uma variedade
notável de projetos em todo o Brasil, cada um deles comprometido com o avanço da justiça
climática, da sustentabilidade ambiental e do empoderamento da comunidade. Essas iniciativas,
lideradas por ONGs brasileiras, movimentos sociais e associações locais, incorporam
a missão do Centro de promover soluções colaborativas para desafios ambientais urgentes.
Ao combinar a experiência local com abordagens interdisciplinares, esses projetos
não apenas constroem comunidades sustentáveis e resistentes ao clima, mas também criam
uma base para a troca de conhecimentos impactantes em escala nacional e global. Estamos
ansiosos para apoiar cada projeto de março de 2024 a fevereiro de 2025, à medida que
eles fazem avanços transformadores em sustentabilidade challenges. By combining local
expertise with interdisciplinary approaches, these projects not only build sustainable,
climate-resilient communities but also create a foundation for impactful knowledge-sharing
on a national and global scale. We look forward to supporting each project from March
2024 through February 2025, as they make transformative strides in sustainability.
Omi Wa – Nossas Águas (Santiago do Iguape, Bahia)
Omi Wa - Nossas Águas capacita 15 mulheres quilombolas de Santiago do Iguape, incluindo
pescadoras, marisqueiras e jovens, educando-as sobre mudanças climáticas e direitos
socioambientais. Por meio de atividades participativas, o projeto promove a preservação
dos manguezais e defende a justiça climática. Em colaboração com organizações locais,
essas mulheres adquirem habilidades essenciais para liderar os esforços de gerenciamento
ambiental em sua comunidade, tornando-se defensoras da ação climática.
Plantar Árvores e Produzir Alimentos (Mucajaí, Roraima)
Em Mucajaí, Roraima, o Plantar Árvores e Produzir Alimentos concentra-se na restauração
florestal por meio do replantio de mudas nativas e não nativas. Esse projeto apoia
os moradores da “Comunidade dos Sonho” e promove a produção agroecológica de alimentos
para melhorar a alimentação da comunidade e as oportunidades econômicas. Ao trabalhar
em conjunto com instituições públicas, o projeto está construindo um modelo sustentável
para impactar os ecossistemas locais e a saúde da comunidade.
Equipe da Floresta Kayapó: Energia solar para o futuro sustentável (Xingu River, Amazon Forest)
Energia solar para o futuro sustentável (Rio Xingu, Floresta Amazônica) Ao longo do
rio Xingu, a Equipe da Floresta Kayapó integra a tecnologia de energia solar ao conhecimento
tradicional em 13 aldeias Mebengokre-Kayapó. Esse projeto visa aprimorar o monitoramento
da biodiversidade, apoiar a proteção territorial e melhorar as condições de trabalho
por meio de fontes de energia sustentáveis. Em parceria com o Centro de Estudos Brasileiros
Behner Stiefel e Digital Brazil Project, essa iniciativa visa capacitar os jovens
e anciãos Kayapó a defender a justiça climática, servindo de modelo para as comunidades
indígenas em todo o país.
Educação Ambiental dos 3 aos 30 (Heliópolis)
O projeto Educação Ambiental dos 3 aos 30 dá vida à educação ambiental por meio de
parcerias com agentes de saúde locais e escolas públicas de Heliópolis. Durante 12
meses, esse projeto tem como objetivo utilizar hortas pedagógicas para envolver alunos
e famílias em práticas sustentáveis, desde a agricultura até a compostagem. Com base
na filosofia de educação emancipatória de Paulo Freire, esse projeto, desenvolvido
em colaboração com o Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper, tem como objetivo
abordar a adaptação ao clima urbano e reduzir as ilhas de calor.
Kilembe: Cuidando do nosso Sagrado (Belo Horizonte)
Kilembe: Cuidando do nosso Sagrado (Belo Horizonte) visa fortalecer as práticas educacionais
e aumentar a conscientização sobre a gestão de resíduos sólidos em Kilombu Manzo.
Por meio de um plano estruturado em quatro etapas, o projeto se concentra na identificação,
redução, reutilização e reciclagem dos resíduos da comunidade, integrando práticas
sustentáveis ancestrais e modernas. Além disso, ele enfatiza a importância de preservar
as florestas locais para mitigar os efeitos da mudança climática, promovendo uma cultura
de gestão ambiental na comunidade.
Destaque do corpo docente: Boas-vindas aos nossos bolsistas de sustentabilidade de 2024-2025
Temos o prazer de dar as boas-vindas aos nossos Sustainability Fellows para o ano
acadêmico de 2024-2025, cada um trazendo sua experiência única a fim de promover o
ensino e a pesquisa de impacto sobre questões climáticas e ambientais!
Laila Thomaz Sandroni
Laila Thomaz Sandroni, bolsista de sustentabilidade no outono de 2024, Sandroni é cientista social ambiental
que trabalha na interseção dinâmica da ciência e da política em questões ambientais
globais, especialmente mudanças climáticas e biodiversidade. Conhecida por sua dedicação
à integração de diversos sistemas de conhecimento, Laila busca soluções inovadoras
e interdisciplinares para os desafios urgentes de sustentabilidade da atualidade.
Entre suas experiências notáveis estão colaborações com uma série de stakeholders
- de organizações indígenas e associações locais a agências federais e ONGs - em projetos
voltados para a conservação inclusiva da biodiversidade na Mata Atlântica do Brasil.
Carolina Stange Moulin
Carolina Stange Moulin, bolsista de sustentabilidade da primavera de 2025, tem doutorado duplo em Ciências
Sociais pela Universidade de Osnabrück, Alemanha, e em Direito pela Universidade de
São Paulo, Brasil. Com cinco anos de experiência em pesquisa, ela é especialista em
prevenção do desmatamento, política socioambiental e governança da cadeia de suprimentos,
com foco no bioma amazônico. O trabalho de Moulin abrange cadeias de valor da sociobiodiversidade,
restauração ambiental, política hídrica e adaptação às mudanças climáticas. Ex-assessora
especial da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em Goiás, Brasil,
ela também realizou pesquisas na Universidade de Luxemburgo. Sua experiência em governança
ambiental e cooperação em várias escalas traz perspectivas inestimáveis para o nosso
programa.
Bruno Tarin Nascimento
Bruno Tarin Nascimento será nosso bolsista de sustentabilidade em Engajamento Comunitário para o semestre
da primavera de 2025. Nascimento tem uma ampla trajetória em estudos de mídia, marketing
socioambiental e cultura digital. Sua experiência abrange a economia política da cultura,
o gerenciamento de projetos socioambientais e as artes digitais. Com experiência prática
em produção multimídia e ênfase em artes de vídeo, a pesquisa de Bruno explora as
interseções entre mídia, sociedade e responsabilidade ambiental.
Agradecemos a Sandrino por suas inestimáveis contribuições neste semestre e estamos ansiosos para ver o trabalho impactante que Moulin e Nascimento realizarão durante suas estadias!
Destaque Estudantil: Thairis Canhete
Thairis Canhete está cursando Administração de Empresas na Fowler College. Natural de Santos, São Paulo, Brasil, realizou seu sonho de estudar na SDSU depois de fazer um curso intensivo de inglês de seis meses durante uma transição de carreira. Morar em San Diego deu a Canhete uma nova perspectiva sobre educação e cultura. Apreciadora do estilo de ensino inclusivo da SDSU, que estimula o debate e o pensamento crítico, ela valoriza a ênfase cultural na objetividade na solução de problemas.
Apesar de sentir falta da família, dos amigos, da culinária brasileira e da praia, ela se mantém conectada às suas raízes, mantendo tradições simples como comer arroz e feijão. Sua preferência pela Califórnia inclui as praias vibrantes, as atividades ao ar livre e as aventuras sazonais, como surfe e snowboard. Canhete incentiva seus colegas estudantes brasileiros a abraçar o estudo no exterior, descrevendo-o como uma experiência de mudança de vida repleta de oportunidades de crescimento pessoal e profissional.
Eventos Passados
Fest Aruanda: Filme mudo da Paraíba, Brasil
O Centro de Estudos Brasileiros Behner Stiefel sediou uma palestra do estudioso visual brasileiro Lúcio Vilar e uma exibição de filmes mudos da Paraíba, Brasil.
Realizado em 29 de agosto, esse evento fez parte do curso LATAM 420: Latin America Through Film, ministrado pela pesquisadora visitante Dra. Viviane Kraieski de Assunção, e apresentou aos alunos e participantes o mundo do cinema brasileiro antigo e o papel significativo que o estado da Paraíba desempenhou na era do cinema mudo da década de 1920.
O Vilar, professor, jornalista e documentarista da Universidade Federal da Paraíba (CCHLA-UFPB), é especialista em mídia audiovisual com foco na história cinematográfica da Paraíba.
IV Annual Celebrating Palmares Black Brazilian Consciousness Month Presents: Where We Stand: Empowering Voices through Speaking Place
O Centro de Estudos Brasileiros Behner Stiefel e o Departamento de Estudos Africanos receberam Djamila Ribeiro, renomada filósofa, escritora e ativista brasileira, para uma palestra e lançamento de seu livro traduzido para o inglês. Ribeiro, uma proeminente defensora da justiça social e dos movimentos feministas no Brasil, apresentou seu último livro, Where We Stand, para um auditório lotado.
Realizado no dia 14 de novembro, esse evento fez parte do 4º ano de Celebração da Consciência Negra Brasileira da SDSU, proporcionando uma oportunidade para Ribeiro discutir seu trabalho sobre Feminismos Plurais, um movimento que ela lidera e que inclui uma plataforma on-line e uma editora dedicada a ampliar as vozes marginalizadas no discurso feminista. Os participantes tiveram a oportunidade de se envolver com as filosofias de Ribeiro sobre identidade, capacitação e mudança social, e a noite terminou com uma sessão de autógrafos, conectando alunos, professores e membros da comunidade com suas ideias transformadoras.
Conversa com Puyr Tembé
O Centro Behner Stiefel de Estudos Brasileiros, o Departamento de Estudos Indígenas Americanos, o Departamento de Antropologia e a Associação Internacional de Cidades Irmãs de San Diego organizaram uma conversa com Puyr Tembé, líder indígena da Amazônia brasileira, em 19 de novembro, no Conrad Prebys Aztec Student Union da SDSU.
Puyr Tembé, a primeira Secretaria dos Povos Indígenas do Pará e co-fundadora da Associação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras Ancestrais (ANMIGA), compartilhou suas percepções sobre a defesa indígena e a proteção ambiental. Esse evento foi gratuito e aberto ao público, destacando o papel de Puyr no filme “We Are Guardians” e seus esforços para ampliar as vozes indígenas nas discussões globais sobre o clima que antecedem a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (UNFCCC COP 30) no Brasil.
Puyr mora e trabalha na cidade amazônica de Belém, conhecida como o “Portal da Amazônia.” Ela defende os povos indígenas no Brasil e tem dedicado sua vida a incentivar o envolvimento indígena em nível municipal, estadual e federal no Brasil e no mundo.
Centro Estudos Brasileiros Behner Stiefel de promove série de palestras abertas sobre justiça ambiental no Brasil
O Centro lançou uma série de palestras abertas intitulada “Povos Indígenas e Comunidades Locais no Brasil: Diálogos Transculturais para a Justiça Ambiental”. Essa iniciativa, liderada pelo Bruno Tarin e co-organizada pela Laila Sandroni, facilitou conversas sobre a interseção de direitos indígenas, preservação ambiental e colaboração transcultural. A série destacou o papel fundamental que os povos indígenas e as comunidades locais desempenham na proteção dos ecossistemas.
Essa plataforma de diálogo entre os EUA e o Brasil permitiu que a comunidade acadêmica da SDSU explorasse as perspectivas dos povos indígenas e as comunidades locais, além do discurso ambiental tradicional. Cada palestra contou com a participação de um líder comunitário ou formulador de políticas proeminente no Brasil, incluindo palestrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, movimentos indígenas e defensores da proteção dos territórios amazônicos.
A série fez parte do curso GEO 348: Meio Ambiente e Desenvolvimento, ministrado pelo Sandroni, e foi aberta a todos os alunos, professores e funcionários da SDSU. A série foi realizada durante todo o semestre de outono, abrangendo tópicos como soberania alimentar, direitos territoriais e produção artística indígena.
As gravações de todas as palestras estarão em breve disponíveis na plataforma Digital Brazil Project.
Newsletters Passados
BRASA XVII sediada pela Universidade Estadual de San Diego
Estamos muito felizes com a realização da BRASA XVII! A BRASA (Brazilian Studies Association) é uma conceituada organização acadêmica dedicada ao desenvolvimento e à promoção dos estudos brasileiros, especialmente nas áreas de ciências humanas e sociais. Este ano, tivemos a imensa honra de sediar a BRASA XVII aqui mesmo no campus da San Diego State University, de 3 a 6 de abril de 2024.
Realizada no Conrad Prebys Aztec Student Union, o evento foi um sucesso, atraindo mais de 600 participantes do Brasil e dos Estados Unidos. Ao longo de quatro dias, a conferência contou com 160 painéis que cobriram uma ampla variedade de tópicos de estudos brasileiros. A dinâmica intelectual e o entusiasmo dos participantes criaram uma atmosfera marcante para o intercâmbio acadêmico e o networking.
Somos imensamente gratos pela participação de tantos acadêmicos e profissionais de destaque, cujas contribuições ajudaram a tornar esse evento uma ocasião significativa. A BRASA XVII não apenas mostrou a riqueza e a diversidade da cultura e da pesquisa acadêmica brasileira, mas também reforçou a importância da colaboração internacional nas áreas de ciências humanas e sociais.
Agradecemos a todos que participaram e contribuíram para tornar a BRASA XVII um evento verdadeiramente inesquecível. Esperamos vê-los todos na BRASA XVIII na Bahia, Brasil.
É com grande prazer que anunciamos que nossa diretora, Erika Robb Larkins, foi eleita presidente da BRASA (2024-2026).
Centro lança novo programa de residência para pesquisadores comunitários
O Centro lançou um novo programa de residência de pesquisador comunitário em parceria com a Bancada Antirracista do Rio de Janeiro e a vereadora Mônica Cunha. Cunha é uma mulher negra, mãe, ativista antirracista e defensora dos direitos humanos, atuando em várias ONGs como educadora e coordenadora de projetos sociais. Ela é mãe de Rafael da Silva Cunha, vítima da violência do Estado, e fundadora do "Movimento Moleque", uma organização de mães de jovens cujos direitos foram violados pelo Estado. Cunha também é coordenadora da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e, em 2019, coordenou a Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Eleita suplente pelo PSOL em 2020, tomou posse como vereadora em 2023. Propôs a criação e preside a primeira Comissão Especial de Combate ao Racismo em uma casa legislativa no Brasil. Desde então, tem focado seu trabalho na promoção de uma sociedade antirracista. Ela também é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Em janeiro de 2024, Cunha esteve na Universidade Estadual de San Diego (SDSU) junto com a primeira pesquisadora comunitária em residência, Rute Fiúza. Rute é uma ativista de direitos humanos e mãe de Davi Fiúza, desaparecido, vítima da polícia em Salvador em 2014. Ela é coordenadora do Mães de Maio para a região nordeste do Brasil e co-fundadora e coordenadora do Coletivo de Mães e Familiares de Vítimas de Violência do Estado, que trabalha na Coalizão Negra pelos Direitos. Formada em serviço social, atualmente é pesquisadora em um projeto baseado em Harvard intitulado "Violência e Política Materna no Brasil".
Cunha e Rute ministraram palestras na SDSU intituladas "State Violence and Racial Justice in Brazil" (Violência do Estado e Justiça Racial no Brasil), onde falaram aos alunos sobre a brutalidade policial e o movimento antirracista no Brasil. Elas abordaram tanto os movimentos sociais, como a Coalizão Negra pelos Direitos, Mães de Maio e o Movimento Moleque, quanto às iniciativas políticas, como a Comissão Especial de Combate ao Racismo de Mônica e a Comissão de Direitos Humanos, onde ela atua como vice-presidente.
Fiúza esteve na Califórnia por três semanas, período em que visitou várias turmas na SDSU para dar palestras e viajou para apresentar na UCLA e no Pitzer College. O Centro receberá um pesquisador da comunidade por ano para a residência.
O Festival de Cinema Latino de San Diego dá as boas-vindas à Renato Novaes
Pelo terceiro ano consecutivo, o Centro de Estudos Brasileiros Behner Stiefel realiza parceria com o San Diego Latino Film Festival (SDLFF) para elevar a presença do cinema brasileiro no festival. Este ano, o centro recebeu o ator e cineasta Renato Novaes, estrela do filme “O Dia em que te Conheci,” que foi selecionado como o filme de abertura do festival.
Em sua estadia em San Diego, Novaes visitou a SDSU e deu uma palestra na BRAZ 325: Democracia na sociedade brasileira. Os alunos receberam ingressos gratuitos para o festival para assistir ao filme “O Dia em que te Conheci” e tiveram a chance de fazer perguntas a Renato sobre como ele se tornou ator e sua carreira no cinema.
Além de participar das sessões de perguntas e respostas nas duas exibições do filme no festival, Novaes também participou da coletiva de imprensa do SDLFF para promover o filme.
Destaque - Corpo Docente: Eliane Gomes Alves, Bolsista de Sustentabilidade do Semestre de Primavera
Para esta edição do Faculty Spotlight, temos o prazer de apresentar a Eliane Gomes Alves, bolsista de Sustentabilidade da primavera de 2024. Atualmente, a Gomes Alves é pesquisadora no Instituto Max Planck de Biogeoquímica (MPI-BGC), na Alemanha, e colaboradora do Programa de Pós-Graduação em clima e meio ambiente do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), no Brasil. Ela obteve seu Ph.D. em clima e meio ambiente no INPA em 2016, e sua carreira acadêmica é dedicada a pesquisas sobre a interação entre floresta e atmosfera na Amazônia. Seu principal foco de estudo é analisar como as plantas (principalmente árvores) respondem ao clima nas florestas primárias da Amazônia central e nas florestas do "Arco do Desmatamento da Amazônia", onde extremos ambientais como calor e seca estão se tornando mais frequentes.
A Gomes Alves tem parcerias em diversos projetos internacionais para realizar pesquisas na Amazônia. Além de sua pesquisa científica, ela dedica tempo ao desenvolvimento de atividades que impactam o ensino, a orientação, a diversidade e a inclusão. Além disso, ela é co-fundadora da Latin America Early Career Earth System Scientist Network (LAECESS), uma rede para capacitar latino-americanos na comunidade científica internacional.
SDSU Envia Duas Bolsistas Fulbright para o Brasil
É com grande satisfação que anunciamos que a San Diego State University enviará não uma, mas duas bolsistas Fulbright ao Brasil no ano acadêmico de 2024-2025! O Programa Fulbright é o principal programa de intercâmbio internacional patrocinado pelo governo dos EUA para promover a compreensão cultural mútua. Kristal Bivona, diretora associada do Behner Stiefel Center for Brazilian Studies, irá ao Brasil como bolsista da Fulbright U.S. no outono de 2024 e a aluna de doutorado Lily Astete Vasquez irá ao Brasil por meio do programa Fulbright U.S. Students na primavera de 2025. Tanto Bivona quanto Astete Vasquez será recebida pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde já estabeleceram parcerias de pesquisa durante sua passagem por Belo Horizonte por meio do projeto financiado pela NSF, "U.S. Brazil Collaboration to Expand Perspectives on Water and Sustainability".
Bivona realizará pesquisa de campo para seu projeto de livro sobre cinema brasileiro e democracia. Além de analisar a produtora mineira Filmes de Plástico, ela também participará de quatro dos mais importantes festivais de cinema do país (em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Gramado) para escrever sobre o papel fundamental que eles desempenham no apoio à indústria cinematográfica no Brasil e na promoção do cinema brasileiro no exterior. Sua pesquisa analisa a relação entre democracia e cinema, considerando como o governo afeta o conteúdo do filme ou a censura da produção audiovisual, bem como o papel do governo em incentivar ou reprimir o cinema e a indústria audiovisual.
O projeto de Astete Vasquez se baseia nos processos fundamentais que ocorrem nos sistemas de saneamento no local (latrinas de fossa, fossas sépticas, etc.) para determinar maneiras de melhorá-los de forma sustentável. Ela desenvolveu um vaso sanitário móvel sem água para oferecer às pessoas sem-teto opções de saneamento de baixa manutenção e está no processo de patentear uma tecnologia para reduzir o enchimento de sólidos em fossas sépticas. Seu trabalho se aplica a acampamentos de sem-teto, zonas de alívio de desastres, campos de refugiados e residências individuais em regiões rurais e em desenvolvimento em todo o mundo.
Destaque Estudantil: Victoria Argimon
Para o destaque estudantil desta edição, gostaríamos de apresentar Victoria Argimon, estudante de sociologia e colaboradora do Centro de Estudos Brasileiros Behner Stiefel. Quando perguntada sobre sua experiência de trabalho no Centro, Argimon responde, "Tem sido incrível! Tenho muita sorte de poder conhecer e trabalhar com todos aqui. Sinto que aprendi muito com todos."
Argimon nasceu no Canadá, mas se mudou para Porto Alegre com sua família ainda criança. Aos 6 anos de idade, a família se mudou para a Califórnia, onde ela vive desde então. Suas experiências de viver no Brasil e ter uma família brasileira despertaram nela um profundo interesse pela cultura e pela dinâmica política brasileira. Argimon planeja voltar ao Brasil por alguns anos após concluir a pós-graduação, para trabalhar e passar tempo com sua família, que reside no Brasil.
Sobre sua graduação em sociologia, Argimon explica que tem uma paixão profunda pela justiça social, especialmente pela comunidade LGBTQ+. Estudar sociologia foi uma forma de entender melhor por que as pessoas queer são marginalizadas econômica e socialmente. Além disso, Argimon tem um grande interesse em desigualdade, economia política e história do trabalho.
Em seu tempo livre, Argimon gosta de tocar baixo em sua banda, ler ficção científica, passar tempo com sua família e praticar português.
Parabéns pela formatura! Estamos muito felizes por tê-la conosco neste semestre.
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